terça-feira, 28 de dezembro de 2010

25 de dezembro de 2009

Certa madrugada servirá para pensar: Eu sou uma merda. Foda-se as madrugadas em que o orgulho de si preencheu o ego, engordou-o e depois o matou por soberba. Foda-se também todos aqueles que inventaram os pecados capitais. Invejo-os, pelo poder, mas não cobiço. Deviam ter concedido o pecado da “ignorância maquiada”.
Incompletos em sua magnitude, os “ignoradores maquiados” transgridem as leis religiosas, divinas e humanas e atuam em palcos caseiros. Casas de família ou casas de santeria ou putaria. Ignoram-te ignorando a própria dor. Fingem lhe ferir ferindo os sentimentos pregados pelo tempo. Pensam que há câmeras: Big Brother?E maquiam-se num disfarce acometido de sorrisos mentirosos. E disfarçam-se em uma maquiagem santuária.
Porque é natal. Porque é final. Porque afinal eles te perdoam mesmo se não entenderes o motivo do perdão. Eu sou uma merda. Porque eu deveria ter dito: Tu és um merda! Não. Lavei as mãos, as louças, os pratos em velocidade. Olhei, perguntei, dei tchau, desci. Chorei.
Seu merda! Merda! Merda…

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Partir

Não sentir. Tudo que se quer é não sentir. Por algumas horas, outros minutos ou instantes. Se parada entre o movimento à volta, flutuasse, sem o vento soprando, nem nada. Voar e encontrar outra morada, um ninho à espera, sem que esperasse. Ausência e desapego, só ir, para longe, o desconhecido, onde pudesse jorrar pelo caminho do vôo os sentimentos, e beber do córrego do esquecimento, e então sentir tudo novo e de novo. Sentir sem lembrar. Sentir outras dores, que não as mesmas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010