quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Incoerente menina



Ilumina-se na chuva
Relâmpagos sufocados
Treva solitária
Amarga escuridão
Espero a condução
Desespero a direção
Procuro a luz
Perdi o foco
Vejo a velo-cidade
Velas em faróis modernos
Ouço motores e pneus...infernos

A chuva canta entediada
Gotas por sobre meus cabelos
A chuva espelha a cidade
Gotas por sobre o asfalto
A chuva cheira as árvores
Gotas por sobre as folhas
A chuva ouve meu clamor
Gotas gritam sobre minha face
A chuva embaça os vidros
Gotas incolores sobre a menina...dos olhos

Do asfalto eu abandono o concreto
Da lama eu afasto o certo
Do morro eu vejo a cidade
Da cidade eu não vejo... morro

No ponto de ônibus eu estava aquela noite
Fragmentando pensamentos urbanos...




Beli

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa que legal, clicando incessantemente em "próximo blog", "próximo blog", encontrei alguma coisa de útil... gostei, conte com minha presença não tão assídua.

PS:Daqui não se vê nenhum morro :'(

Anônimo disse...

Beli, muito legal seu blog, no final das contas acabamos por nos encontrar aqui! prometo visitar mais vezes... Bj Cíntia.