quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nefelibata ou Dia 376

Por estes dias,
Andei calada.
Como fosse imóvel,
Cepo em pó de estrada:
Como pó de nada
Pó de nada.

Poderia delinear minhas faces
Expressões de noites desvairadas.
Poderia estampar na alma
O corpo que agora se acalma.

Por estas noites
Caminhei em segredo.
Como fosse jazido,
Pedra pálida do enredo:
Como pálida de medo
Pela idade do medo.  

Como se os dias fossem um
E as noites fossem todas
De toda uma que tive,
De toda lágrima que contive.

Como se as noites fossem uma,
E os dias fossem todos
De toda uma que tive,
De todos os sorrisos que contive.

Na fadiga da recomposição
Repouso minha dor cúmula:
“Aqui morre a reparação!”
Ladrilho como degustante (Do sangue da vida)
(Na trilha perdida) em movediços grãos. 

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