quinta-feira, 9 de abril de 2009

Solvente em Ser

Minha pele esfalece,
Na cantoneira da janela.
Enxugo o suor,
Na tua toalha felpuda.

Corpo do-ente.

Suspiro arraigada no instante
À circuncisão da derme.
Dobras e nervos enrugam
Na fôrma da forma formal.

Do-ente, corpo.

Entoa-se gritos de funeral,
Entornando memória virtual.
Resistentes carnes dissolvem:
A química solúvel do mal.

En-corpo-te em mim.

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