quinta-feira, 30 de julho de 2009

À trabalho

Acho que era inverno. Era frio. Talvez fosse a madrugada ou o sonho, porque pude ver o sol, e vi ela por lá. Senti o perfume, ouvi os passos, contei os segundos para me aproximar. Ela sorriu, perguntou sobre mim, sobre minha família e amigos. Disse que estava tudo bem, como costume confortei suas indagações esperando pelo tempo. Os óculos me cegaram refletindo o sol, segurei sua mão: Suor. Acho que era primavera. Era quente. E as folhas no chão? Eram poesias, memoriais, depoimentos, diários de inocentes. Não era outono. Pouco importa a estação, estava com ela, a procura de uma estação: esperar pelo metrô e fugir. Ah! A metrópole nos espera, e lá o tempo com seu sopro a nosso favor, tanto sufoca, quanto liberta. Por que não a beijei? Ao invés de pensamentos possíveis? Acho que era inverno. Era frio. Entrei no café e busquei pelo informativo local:

- Por favor, café com leite e muito açúcar.

Um comentário:

André Procópio disse...

"ACho que era inverno, era frio."

Se eu te contar que já comecei algumas histórias mais o menos assim. É porque eu prefiro o inverno... por isso!


Café, muiiiiiiiiiiiito café e uma ulcera!