Num repente caminhar saltitante, mas leve, ela farejou um ambiente já conhecido com precisão.
Tudo tão íntimo, no terceiro olhar já é estranho.
A música que ouvia em seu mp4 era a mesma que ouvia em outras despedidas.
Agora eram outras pessoas, e era outro lugar que desvendava.
A música, a mesma, porém all these places have their moments.
E um dispositivo biológico a fez continuar seus passos em câmera lenta.
A música faz sentido, principalmente em seu toque misterioso, que jorra lembranças.
There are places I remember...
E já no outro dia, no mesmo lugar, ainda desfrutava a detetive enrustida naquela mulher.
Aquele lugar estava estranho de novo. São os mesmos lugares, Though some have changed.
A mesma música para outra despedida.
Ela se imagina em uma calçada em um dia frio no meio da multidão. Só na multidão.
Porque é um corpo que se arrasta e cheira o vão deixado pelo perfume dos que partiram.
Talvez tenha sido ela que partiu: A vida, como ela era. Ela, a vida. Partiu uma maçã e comeu.
Lembra de tudo. De todos os rostos e abraços e afetos. Agora mais vivaz.
Por favor, fundo musical!
Play.
Os rostos aparecem de novo: Some are dead and some are living.
Ela não percebe que é o seu rosto que reflete na água e já lhe marca a idade.
De quem amou?
In my life i've loved them all...
Ela precisa ouvir de novo. E escreve. Escreve com as dores de quem sente o frio proposital.
Escreve para marcar um novo rosto.
Para ouvir de novo...
sábado, 25 de julho de 2009
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