sábado, 30 de janeiro de 2010

Carta para ler quando não tiveres mais cabelo






Queria escrever algo sobre ti
Algo que fosse como tu
Mas que não fosse parecido
Com tudo que havia escrito.
Que não houvesse rimas
Formalizado, sem expressão
Ou que excluísse a emoção.
Queria que fosse simples e direto
Sem significado certo.
Fiquei dias a vasculhar tuas fotografias,
Tuas caras, bocas, escritos,
teus olhos, azuis. Tua música preferida.
Ouvindo Joy Division, ouvi também tua voz
Pensei encontrar um sentido próprio
Desvendando o mundo de Procópio
Prendi as palavras na mente e soltei-as
Na medida que lembrava do teu ócio.
Não vou escrever muito
Nem muito vou te descrever.
Deixo isso para uma personagem
Que o teu sarcasmo vem a ser.
Aqui há carinho, troca e amizade
Um abraço e sonhos da juventude:
"Era de aquário!"
"Já leu 18 Brumário?"
"Feliz ániversário!"
O que leste, o que eu vi.
Às vezes te digo
Outras tu me dizes
Veja, quanta bobagem escrita aqui!
Piadas do passado do envelhecer?
Pode ser.

Um comentário:

André Procópio disse...

Avideo fora de série! Parece que a voz tá saindo do cara ali com o contra-baixo!

hahahaha