quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nefelibata ou Dia 376

Por estes dias,
Andei calada.
Como fosse imóvel,
Cepo em pó de estrada:
Como pó de nada
Pó de nada.

Poderia delinear minhas faces
Expressões de noites desvairadas.
Poderia estampar na alma
O corpo que agora se acalma.

Por estas noites
Caminhei em segredo.
Como fosse jazido,
Pedra pálida do enredo:
Como pálida de medo
Pela idade do medo.  

Como se os dias fossem um
E as noites fossem todas
De toda uma que tive,
De toda lágrima que contive.

Como se as noites fossem uma,
E os dias fossem todos
De toda uma que tive,
De todos os sorrisos que contive.

Na fadiga da recomposição
Repouso minha dor cúmula:
“Aqui morre a reparação!”
Ladrilho como degustante (Do sangue da vida)
(Na trilha perdida) em movediços grãos. 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Despertar


A noite é tão clara hoje
As janelas se abrem
Abrem-se...
Oh! Por um minuto pensei!
Pensei que nunca mais as visse!
Vocês estão aí? Estão, nuvens?
Nas minhas janelas?
Pensei que não mais as visse,
Pensei que eram as vísceras
Que sopravam o vapor
Com o meu calor
Viravam nuvens no vidro.
E, oh! Não é.