quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Poli de dois pólos

Procurei muitos caminhos
Achados, perdidos
Trilhas escuras
Luzes acesas,
Taças, vinhos, cerveja.

Procurei no alto
No ar, no asfalto.
No war! Eu afirmei.
Why dont? Indaguei.
Em francês ou em latim?
Ficaria mais elegante,
Se eu compreendesse mandarim?
Se eu compreendesse o início, o meio e o fim?
Se eu compreendesse aquilo que se faz de mim?

Ficaria mais eletrizante se eu chocasse a mim,
E parti, antes da partida. Já disse assim.

Não há nada que impeça
Nada que segure
Nada que cure,
Não há o tudo sem o nada,
Mas há um meio ali,
Há o caos dentro de si.

Há a mortalha de um animal
A luta por sua sobrevivência,
E outros em subserviência.
Há dor e dogmas,
Há o divino e a ciência,
E a complexidade entre o dito
O não dito, o falado e o escrito.

Há a luta pela vida
O desejo de salvação
A biodiversidade,
Os pontos e a interrogação,
A diferença e a repetição.

2 comentários:

Anônimo disse...

Me sinto assim às vezes: com a sensação de que temos de pedir permissão(mesmo que a nós mesmo) para estar nesse universo chamado "meio". Sinto uma cobrança inconsciente de seguir e ao mesmo tempo de não seguir nenhum modelo. Não sei se tem a ver com o que pensou, mas me senti assim. Gostei bastante mesmo! Preciso dar uma pausa na "vida"(ou seria vida na pausa?) pra ler coisas assim de vez em quando.

Bobblehead disse...

Gostei muito. De verdade. Fica melhor na sua voz e violão.