Esse café que se forma na xícara
Ameaça a colisão sobre o sofá, e o chão
Esse vapor é o frio de criança
Invade, penetra, arranha e desmancha:
O vapor na vidraça
Dedos percorrem
Formando um coração
E é por ele que se ama
Esse sereno que canta lá fora
É o mesmo da noite passada, e a outra
Esse casaco que envolve meu corpo
Já foi de tantos outros, e outros, e outros:
O café derramado
Mãos contornam
Apreciando o desenho
E é por ele que se mancha
Entre meios fico, um circo:
Parece que vivi
Parece que já estive aqui.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
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3 comentários:
Gostei, voltarei mais, obrigado pelo convite.
Paulo.
olá^^
gosto muito dessas sensações de já ter feito algo mesmo não tendo feito.....somos todos feitos de passado x)
obrigado pela visita ao Casa de Paragens. Hospede-se sempre que desejar. Gostei muito desse seu poema. Lírico e intenso.
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