Além da cegueira que me alimenta:
O sangue jorra no deslizar do asfalto.
As mãos que arrastam vibrando no cimento cobriram o meu rosto, agora
Cravam uma cruz e rezam juntas dos meus lábios. Que sopram
O vento que estapeia minhas faces e dança em meu véu de seda pura:
Rouca demais para lhe proteger
Vivo só
se te deixar morrer.
Em prantos suplica meu nome. Este já foi corrompido!
Todo o meu teto que não é mais escuro, é demasiado colorido.
Toda a minha casa que reinava o inverno. Derretida a geleira,
Caindo sobre a fogueira do inferno!
Nem anjos
Nem demônios,
Nem cruzes e credos e
Apenas um redentor
Além da cegueira que me alimenta:
A magia e um lápis de cor...
2 comentários:
Gostei bastante dessa Beli!
Bela ideia Beli.
;*
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