domingo, 11 de outubro de 2009

Retalhos do barco

À bordo desse barco, na imensidão desse mar que mergulhei,
escrevo-te no tom mais sutil que encontrei.
Essa rima boba que deixei, é o risco de tudo que aceitei...

Estou lembrando das frases não ditas e por mim imaginadas.
Das mãos entrelaçadas, perigosas, precisas.
Dos cabelos encontrados pela sala.
Lembro-me dos beijos roubados, prolongados junto as tuas palavras.

Daqui não enxergo o chão, no qual caí quando partiste.
Agora flutuo abestalhada, abastada de dinheiro fútil.
Pouco restou da comédia romântica, salvo as atrizes,
com seus papéis de ridículas em vidas simultâneas.

Avisto o porto, preparo minhas pernas ensinando-as voar.
Um pulo só,
só no mar.

4 comentários:

Luiz Guilherme Augsburger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz Guilherme Augsburger disse...

E como se veleja num barco sem vela, sem leme, sem lema, sem remo ou remorso? Bem-vinda à nau dos outsiders, apaixonados e... Loucos

AURIVAR FILHO disse...

Olá... eu sinceramente, adorei o blog e as informações contidas nele!!A idéia do livro com as poesias e fotos foi maravilhosa!!Parabéns pela iniciativa em transmitir a poesia e a arte para os amantes delas!!

Fernanda Marques disse...

Olá!! gostaria de dizer que faço minhas as palavras do Aurivar, adorei seu blog. O Auri me indicou o livro, e eu simplesmente AMEI... parabéns por sua genialidade no uso das palavras e por dividir isso com outras pessoas,.

ps: eu sinceramente percebo tanto de
mim na sua escrita... Obrigada por isso!!!